segunda-feira, 14 de maio de 2012

"Perfeitamente Imperfeito" - 4ºCapitulo

A minha equipa ganhou, e fomos festejar com os pais e os treinadores.

- O Tomé não apareceu... - disse a Íris.
- Pois não, estou preocupada. - respondi.
- Tem calma! Ele não deve ter podido vir. Secalhar foi com os pais a algum lado...
- Tens razão, logo falo com ele :)
Voltamos para casa e almoçamos.
À tarde, depois do almoço continuava sem notícias do Tomé.
Estava distraída no meu quarto a ver TV quando o meu telemóvel deu sinal de mensagem. Corri para ele.
 “Lú desculpa não ter ido ver a competição, mas deixei-me dormir e quando estava a sair de casa a minha mãe chamou-me porque tínhamos de ir almoçar a casa do meu avô que fazia anos. Desculpa :s “
Claro que queria que ele tivesse ido, mas ele não tinha culpa nehuma do que tinha acontecido… Respondi-lhe:
“ Não faz mal Tomé. Fica para o próxima :) “
“ Então e como correu? Ganharam, certo? “
“ Claro que sim, e eu fiquei em 1º *-* “
“ Isso é espetacular Lú! Olha, acabei de chegar a casa agora, encontramo-nos?”
“Claro :) Onde? “
“No relvado ao pé da escola, pode ser? “
“Claro vou já para lá, é só vestir-me. Até já. “
“Ok, beijos Lú. “
Vesti-me (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48936111) e saí de casa em direção ao relvado.
Ao chegar o Tomé ainda não estava lá, por isso sentei-me num banco que lá havia à sombra.
Passado algum tempo vi-o a vir lá ao longe.
- Tomé! – gritei.
Ele acelerou o passo.
- Parabéns Lú! – disse gritando-me com os braços abertos enquanto atravessava a passadeira.
Não soube bem o que aconteceu naquele momento…
Lembro-me de ver um carro vermelho a vir a alta velocidade na estrada e de repente bateu contra o Tomé atropelando-o. Vi o Tomé a ser projetado pelo ar e cair alguns metros à frente.
Não me lembro de sequer ter gritado uma palavra, parecia que a voz tinha ficado presa.
O homem que conduzia o carro, passou ao lado do Tomé e acelerou a alta velocidade pela estrada fora, como se nada tivesse acontecido, simplesmente fugindo à responsabilidade que tinha daquele acidente.
Fiquei ali especada a olhar durante alguns minutos. As minhas pernas não me obedeciam. Eu queria correr até ele mas não conseguia. Quando finalmente ganhei a coragem que precisava corri até ele.
E ali estava ele, estendido no chão, inconsciente… Devia ter um grande golpe na cabeça pois estava tudo sujo de sangue à volta dele.
- Tomé… - sussurrei e as lágrimas começaram a cair. – Tomé por favor responde! – disse um pouco mais alto.
Ele continuava sem se mexer. Eu estava desesperada e muito agitada consegui ligar para o 112.
- Estou, boa tarde. – disse alguém do outro lado da linha.
- O meu amigo foi atropelado, ele está inconsciente. – disse bastante nervosa.
- Diga-me onde está? Vou mandar já praí uma ambulâmcia.
- Ao pé da escola D. José. – respondi.
- A ambulância vai a caminho, até lá conte-me o que aconteceu.
- Ele vinha ter comigo e quando atravessou a passadeira a correr, vinha um carro a alta velocidade que o atropelou. Depois o carro abalou, deixando-o no chão inconsciente. – contei.
- Sabe dizer-me de que cor era o carro? – perguntaram do outro lado.
- Vermelho. – disse. – A ambulância já vêm a chegar.
- Ok, também vai a caminho um carro da polícia contes-lhe tudo o que aconteceu. – e desligaram.
Os paramédicos desceram-se da ambulância e correram até onde eu me encontrava. Uma mulher, agarrando-me pelo braço, afastou-me do Tomé enquanto os paramédicos o punham numa maca e o levavam até à ambulância.
- Menina pode contar-me o que aconteceu? – perguntou um polícia dirigindo-se a mim.
E lá lhe contei tudo o que vira. Ainda estava em choque, e as lágrimas não paravam de correr.
- Sabe de que cor era o carro? – perguntou-me.
- Vermelho. – respondi.
- E a marca, viu?
- Eu não sei, desculpe. Foi tudo muito rápido… - respondi.
- Não faz mal, pode ser que se venha a lembrar. Se se lembrar de mais alguma coisa, não hesite em vir falar connosco.
- Ok, esteja descansado.

Continua... 


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